Ela o segurava nos braços, debaixo de um sol forte e em meio à agitação
própria da cidade grande; ele dormia sereno e calmo, pois estava
seguro de que nada poderia atingi-lo. Essa cena não faz parte de um
filme, é real e, apesar de tê-la contemplado há algum tempo, ainda hoje
me recordo claramente dela. No ponto de ônibus, uma mãe, com ar de
preocupada, segurava seu filho nos braços enquanto mantinha os olhos
fixos nos ônibus que chegavam e saíam sem parar. Um deles poderia ser o
seu e ela não poderia nem sequer pensar em perdê-lo. Observei que,
apesar da agitação própria do local e da preocupação aparente da mãe, a
criança dormia tranquila e sossegada. Sem palavras parecia dizer:
"Nada temo, pois os braços que me seguram são de alguém que me ama".
Naquele
dia, a cena foi um pretexto para Deus falar comigo. Já observou que
quando não paramos para ouvir a voz de Deus, por meio da oração, Ele nos
fala pelos fatos? No meu caso, eu estava vivendo um tempo de muita
correria no trabalho, já não conseguia rezar como antes e queria
resolver todas as coisas com minhas forças. Quando ocupamos o lugar de
Deus é isso que acontece. Com aquela situação, o Senhor foi me mostrando
que eu precisava confiar mais no amor d'Ele. Precisava viver a atitude
daquela criança, ou seja, abandonar-me. Na verdade, precisava amá-Lo
mais e deixar-me amar por Ele, pois só confia quem verdadeiramente ama, e
quem ama consequentemente confia.
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